Pela minha janela entra um cinzento invernoso
que me gela os sentidos
A casa ficou pardacenta, com sombras
que se agigantam pelas paredes
O silêncio é meramente quebrado
pelo assobio do vento
Uma ligeira tremura
chocalha o meu corpo quente
acabado de despertar
de um sono convulso
É hora de reagir, sair do torpor,
e tentar colorir o negrume do dia
18 comentários:
E eu sei que o vais colorir - o preto aceita todas as cores!
Lindo, Teresa. Bom fim de semana
Beijos e abraços
Marta
Vamos dar umas pinceladas de cor nesse cinzento. Até ele se rir da nossa desfaçatez.
Beijinhos.
Um dia cinzento mas com as tonalidades bonitas das tuas palavras!! Beijos.
Olá
Gostei de passar por aqui....
Que fotografia genial!
Estou certa que vais dar umas pincelads de cor nessa dia... e fazê-lo brilhar com a tua sensibilidade.
Bjs
Tens a palavra da poesia e a cor do poema. Cinzento é neutro e tu não!
Olá
eu bem tentei ir à procura do meu eu pois o negrume dos dias tem-me evadido nos últimos tempos.. o mau tempo não ajudou em nada a eu usufruir da natureza. gostei do teu poema e de aqui vir!
Bjhs e boa semana
Foi gentil o comentário que me deixou.Vim de "visita" e gostei da caminhada.Voltarei
Fraternalmente...
Que bonito poema! Do melhor! Sabes que o li e reli, e das duas vezes pareceu-me ouvir a voz daquele teu amigo que diz poesia, a dizer este poema?
Este poema tem força para a voz e para a alma dele. Diz-lhe!
Está um dia daqueles que dá vontade de ficar em casa bem enroscado nos cobertores.
Gostei do poema.
Um abraço.
Concordarás que as sombras têm muita beleza..
Gostei definitivamente da visita..
Beijo
... olhando da janela, com um cafézinho " das velhas", fumegante, acabado de fazer que se vai bebendo devagar. Hummm, sabe mesmo bem. Por entre o susurrar do vento e uma pinceladas de aguaçeiro.
Paço a explicar o que é um café "das velhas"
- café feito numa grande cafeteira, na fogueira a lenha e que depois de a água ferver, se junta o pó de café mexendo bem. Depois deixamos pousar bem as bôrras no fundo da cafeteira e bebemos com um pouco de açucar
A minha mãe ainda hoje faz esse cafézinho especial, que nos aquece até á alma.
beijo
Ana Paula
correcção de paço por passo
opss, mais uma calinada na ortografia
De repente não me recordo se chegara a comentar neste espaço acolhedor, mas facto é que o lera já com gosto... Lembro-me perfeitamente da "cama desfeita", por exemplo. Agrado-me agora com este despertar-cinza-frio de quem se lhe impõe, captando-o e vencendo-o (cheira-me a lutadora; chamei-te "teimosa" no meu blog!;-), e deliciar-me-ei com o tanto mais que para trás existe escrito e que desde já incluo no itinerário dos meus serenos périplos p'las desoras da noite.
Um abraço! :-)
Como nem sempre há possibilidades de visitar os amigos coloquei hoje um poema dedicado a todos os que considero como tal e a quem desejo tudo de bom.
Beijos
chegou o outono mais as suas tristes cores
Se quiseres dou=te um pouco da minha cor amarelo-alaranjada para pintares o teu dia cinzento...
Belo poema!
Beijinho
gostei mesmo muito, Teresa.
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