sábado, janeiro 28, 2006

Queixava-se tanto de ser doente que foi condenada a viver 150 anos!

Mandei chamar a Polícia para resolver um conflito de palavras na minha cabeça!

Teresa David


Perguntaram-me: És canadiana?

Respondi: - Não, mas já servi de muleta a muita gente!

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Dizeram-me:- Apanhei um engarrafamento porque um homem, surdo-mudo, queria suicidar-se na ponte após matar a mulher.

Respondi:- Coitado! Devia estar farto de a ouvir!

Imagem e palavras minhas/Teresa David

terça-feira, janeiro 24, 2006



Ainda de 1994, mas agora sobre os homens que deixam as mulheres na cama a dormir, e esgueiram-se para o computador, lá passando eternidades. Sou hoje testemunha disso quando encontro a deshoras homens casados a quererem conversa, por vezes, quase masturbatória! Claro que os remeto para as legítimas!

AMOR BIZARRO

Neste Mundo em mudança

em que tudo é possível

deu-se o inacredítavel

diria mesmo terrível

Que um marido qualquer

atraiçoe a mulher

já é há muito trivial.

O que é mesmo de horror

é o meu pobre marido

apaixonado pelo computador!

Não come, não dorme,

emagrece a olhos ver.

O excesso de programas

ainda o leva a morrer.

Neste Mundo de mudança

de competição animal

serei ainda mulher

ou realidade virtual?

Teresa David



Em 1994 escrevi estas quadras, ao jeito do Tolentino, a brincar com quem vive mais através das novelas do que a sua própria vida. Infelizmente hoje ainda estão mais actuais do que nessa época, pelo que aí vão:

A DEVORADORA DE NOVELAS

Lá está ela, lá está ela

Em frente ao televisor

romoendo a sua raiva

mastigando o seu rancor.

Rancor contra a personagem

Que naquela história roubou

O marido da mulher

Que entretanto se suicidou!

- Olhem-me só para isto!

É tal e qual a realidade!

Aquela pobre mulher

Até tinha a minha idade!

- O que queres? Já lá vou!

Grita então para o marido

Vens agora interromper

quando o homem foi ferido!

- Pronto! Está tudo estragado!

Já fiquei sem saber

Se o pobre do coitado

também ele vai morrer!

Teresa David

sábado, janeiro 21, 2006



LIGEIRO PLÁGIO A JOÃO DE DEUS

Era já noite cerrada

dizia eu para alguém:

Debaixo daquelas árvores

fazia-se amor tão bem!

Teresa David

Quadro de Magritte

sexta-feira, janeiro 20, 2006



Por vezes não precisamos gritar para nos fazermos ouvir. Basta dizermos a palavra certa em voz baixa.


Pior do que vivermos num deserto, é estarmos toda a vida na aridez da falta de ideias e sensações!
Teresa David

quarta-feira, janeiro 18, 2006


Todos os que não aceitam que se lhes diga uma verdade, merecem ficar na eterna mentira.

Teresa David

terça-feira, janeiro 17, 2006



Antes um genuíno olhar gélido de gato, do que um hipocritamente afectivo sorriso de alguém!

MAIS UMAS "GRACINHAS" FEITAS ALGUNS ANOS ATRÁS


segunda-feira, janeiro 16, 2006



UM OLHAR VALE MAIS QUE MIL PALAVRAS!

Teresa David

domingo, janeiro 15, 2006



por mais que pode a minha vida encontro sempre ervas daninhas!

quarta-feira, janeiro 11, 2006




Se me quiserem encontrar procurem-me entre a carência dum afecto e um grito de revolta!

Teresa David

terça-feira, janeiro 10, 2006



O HOMEM MISTERIOSO E O SEU CÃO


Durante dez anos consecutivos, habitei todos os fins de tarde um restaurante-cervejaria, local de encontro, em Almada, onde paravam alguns bons amigos actores do Teatro. A par de nós, na mesa mais perto da porta da entrada, voltado para ela, estava também, e invariávelmente, todos os dias, um homem silencioso dos seus 30 anos, acompanhado por um cão de raça Basset Hound, que se deitava a seus pés, mantendo-se de tal forma estático, que não resistia a olhá-lo amiúde na vã tentativa de ver, no mínimo, o pestanejar dos seus olhos.

O seu dono lia, rígido igualmente, não proferindo nem mais uma palavra do que as necessárias para pedir o café e o copo de água que consumia. E lia, lia, lia, sem girar os olhos, que pareciam presos numa linha qualquer algures no livro, durante horas.

Um dia, com espanto, ao entrar no restaurante dei pela sua ausência, e de imediato, perguntei ao dono se algo teria acontecido. Deitou-me um olhar entristecido e incrédulo, e respondeu: Não sabe ainda? Veio nos jornais! Atirou-se do 6º andar do prédio onde vivia, aquele já a seguir daqui, e morreu, claro!

Estupefacta apenas me ocorreu dizer: E o cão?

Ah! o cão. Coitadito, atirou-se também, atrás do dono, mas inexplicávelmente ficou vivo!

Teresa David

segunda-feira, janeiro 09, 2006





grão a grão enche a Teresa o blog!

domingo, janeiro 08, 2006




Sem dinheiro para viajar de avião, só me resto embarcar no tapete da fantasia!

ou então procurar a lâmpada de Aladino e raptar o seu génio!

sexta-feira, janeiro 06, 2006



Saí para o procurar. A meio caminho, parei, voltei para trás, e fugi para longe. Corria o risco de o encontrar!
O MEU AFORISMO DE HOJE
Não gosto de falar muito da morte porque ela pode ouvir e aparecer!

quarta-feira, janeiro 04, 2006



GUINDASTES
Por viver na Margem Sul do Tejo fiz durante muitos anos o trajecto para Lisboa pelos cacilheiros. No caminho nunca me cansei de olhar os enormes guindastes da Lisnave. Foi a certa altura, que isso, me deu a ideia, de tecer umas telas sobre esse tema, que mais tarde expus no Arsenal do Alfeite.

Embora me considere pouco talentosa na escrita poética, pois acho que sou meramente uma contadora de histórias, aquando da exposição que abaixo falo, fiz um arremedo de poema, como apresentação, que aqui vai.






GATOS
Desde que saí da tutela dos meus Pais, por volta dos 20 anos, que nunca mais abdiquei de ter um ou, por vezes, mais do que um gato como companheiro. Eles transmitem-me paz, são belos, elegantes, e têm o grau de independência que tanto aprecio na vida. Além disso nunca se impõem, fazendo da sua presença um aconchego, sem ser, contudo, uma sobrecarga.
Por essa razão decidi dedicar-lhes uma exposição de tapeçaria a que dei o nome de "DESAGATOS E INFELINIDADES", onde em algumas das telas eles são os protagonistas. Mais tarde, fiz outra exposição de aguarelas onde também lhes dei um lugar de destaque. São algumas dessas imagens que aqui vos mostro.

terça-feira, janeiro 03, 2006


MANUAL DE INTENÇÕES:

Primeiro quero mostrar a minha cara para não ser tão impessoal a leitura dos meus trabalhos.

Tenciono neste blog, por ser só meu, ir pondo algumas coisas que fui fazendo na escrita ao longo dos anos, ou sejam, aforismos, frases, e pequenos contos. A obra de maior vulto que é um romance, ainda inacabado, ficará à espera da minha disposição para o terminar, e de um editor que o queira, o que é mais difícil. No blog do Círculo irei colocar poemas dos poetas que tive o privilégio de ir conhecendo ao longo da vida, a maior parte, desconhecidos do grande público, mas cuja qualidade me parece merecedora de serem divulgados.

...e também gosto de trocadilhos como podem constactar!
Aqui está um que me saíu!

Ainda me apetece pôr mais algumas ilustrações. Esta foi desenhada por mim e manuscrita em 1996:

segunda-feira, janeiro 02, 2006

Gostava de esclarecer que a maçã e as palavras "dela" saídas também são da minha lavra. Em tempos escrevi várias frases a ilustrar imagens de clipart. Esta é uma das primeiras que fiz.


Fico satisfeita por alguém ter ficado agradado com o meu primeiro envio de poesia.
Gosto particularmente de formas de expressão que de uma forma sucinta traduzam uma ideia. Pessoalmente, alguns anos atrás dediquei-me a escrever alguns aforismos. Guardei 2 de memória, e como previligio tentar alguma forma de humor, de preferência que não descambe em graçola de mau gosto, em oposição a linguagem derrotista ou pessimista aqui vão:

"Não como batatas a murro por odiar a violência!"

"Foi depressa para esperar!"

Um abraço para todos
Teresa David