quinta-feira, dezembro 03, 2009



SABOR DE DEZEMBRO

Pela chaminé desceu
o tempo por viver.
Na árvore estão
suspensas as penas.
Á volta, o silêncio sufocante,
a gritar
Na mesa a comida
Acabou.
Os sonhos foram escritos.
Rabanadas de risos
Sem crianças presentes
Resta o sabor da neve
Que não caiu.

Teresa David/2009
Poema que irá fazer parte de uma colectânea de nome Espontâneos de Natal-2009, a sair este mês, editada por Maria Melo.

domingo, novembro 08, 2009



O meu livro foi ontem lançado no Palácio Galveias. Poderão ver algumas imagens bonitas, tiradas por uma querida amiga aqui:

http://www.flickr.com/photos/scarlet-poppy/4084878858/

e dentro desse site aparece um link com mais fotos.

Entretanto se houver quem esteja interessado em adquirir o livro directamente a mim, ou por correio, poder-me-á dar nota disso através do meu email: teresadavid52@gmail.com.

O dia de ontem fui muito emotivo e sugeriu-me o seguinte poema:



LANÇAMENTO



No Espaço voou o livro parido,

ramalhete de pessoas no reverso

do vulgar.

O perto distante,

o desconhecido que apareceu.

Palavras que se soltam, esquecem.

Efémero momento do esventrar

das sensações com gente



Teresa David/2009

sábado, outubro 17, 2009

TÉDIO (poema inédito)

Vórtice de papagaios.
Grunhos de ignorância.
Sons sem sentido.
Ouço com os dentes.
Vejo sem ouvidos.
Na boca o azedo da rejeição.
Bruá de tédio e umbigos.
Ruídos sem tempo
que chegam na alvorada.
Pisco o olho ao negrume
e adormeço no dia.

Teresa David 2009

quarta-feira, agosto 19, 2009






MOVIMENTOS

Um corpo, um gesto,
uma anca que rebola,
esquecimento do momento,
reviver sem instante.
Renovar continuando.
estar viva é estar presente
arriscando as agruras.
Teresa David/2009

DESABAFOS

Escrever é esquecer
que existo.

Inventar Mundos melhores, ou não,
conforme a disposição!

Ficar em êxtase por nada,
Não chorar nunca.
Guardar as lágrimas engasgadas.
Deixar o corpo sofrer
pelo que não aconteceu.
Babar-me de espanto
pelo que não quis.
Esperar longamente pelo amanhã.

Teresa David/2009
A QUINTA

Do vulcão saiu a espuma
que me lavou o peito.
Galinhas cacarejam
em torno de mim,
entre o esterco e o céu.
Ali, junto à cerca
os gigantes chamam-me.
Surda, ouço apenas
o movimento das folhas.

Teresa David/2009

MOMENTOS

Cheguei do nada
Cresci no fumo.
Em camas efémeras
me deitei.
Perdi-me na bruma
entre rostos desfocados.
No cárcere me fecharam
esperneando e a gritar.
Da janela voei
até ao encanto
do desconhecido.

Teresa David/2009

NO RESTAURANTE

Uma imagem, uma presença,
um cigarro e um copo.
O barulho dos presentes,
nos azulejos o azul
nas cadeiras os pregos.
No corpo o dolorido
que se esquece de repente.

Teresa David/2009


BAFO

Gostava de ser feita de ar
Envolver os corpos que amo.
Soprar ao ouvido palavras sábias.
Nos telhados pousar,
refrescar os encalorados,
aquecer de bafo quente
os que gelam ao luar.
Teresa David/2009

CORPO

Olhos vítreos manchados de rosa,
Na veste preta sobressai a pele
No sobe e desce dos braços
que se trocam por um beijo ao acaso.

Teresa David/2009
PLANETAS

Na bacia a água verde
que me tinge a cútis
torna-me uma extraterrestre
nos Planetas do Além
onde vou encontrar
finalmente, o meu par.

Teresa David/2009

GARRAFA

No fundo da garrafa
resta o vazio
No corpo o ânimo tinto
Ah quem dera segurar as esferas
que me fazem girar até ao âmago.
Nele permanecer cheia de esperança
de que a eternidade existe.
Teresa David/2009
TOQUE
Na pele a etnia
Nos pés o sopro
cabelos que voam
sem vento
mãos que se entrelaçam
roçar de calos viscosos
do trabalho que se inventou

Teresa David/2009


quinta-feira, julho 30, 2009



A SENHORA DOS ANEIS


Entre os diamantes e safiras

os zircões e o âmbar

as pérolas e os rubis

as esmeraldas e o ar




nos dedos resplandecentes


vivem os caprichos reluzentes


da futilidade do ser


que se gosta de enfeitar


na alegria de viver




Teresa David/2009

segunda-feira, julho 13, 2009

foto retirada da net
LÁBIOS DO INFERNO

São carnudos, vermelhos de guerra

Neles pousam os pássaros

arvorados em gente

que se sente

Húmidos são de desejo

Quando se deixam penetrar

por um corno

Os lábios são carnudos

Mas fechados

para quem não amam

Teresa David/2009


quarta-feira, maio 20, 2009


O Instituto Piaget fez 2 concursos poéticos, não sei se já terá feito muitos mais, mas em 1993, salvo erro de data, mas deve ter sido esta, convidaram o meu filho mais novo na altura com 10 anos para participar, já que as idades iam dos 2 anos, sim 2 anos, até aos 15. Os títulos dos livros anteriormente publicados a este, cujo nome é O LIVRO É UMA HISTÓRIA COM BOCA, são todos um achado e, atribuídos geralmente pelas crianças mais pequeninas, como por exemplo os seguintes:

Volume I - EU MORO NA MINHA MÃE

Volume II -TROUXE-TE UM BEIJO NO BOLSO

Volume III - SE EU FOSSE LUA, FAZIA UMA NOITE

estes três pertencentes ao primeiro concurso.
Poderia postar agora o poema do meu filho mas ficará para mais tarde porque me apetece mais partilhar as preciosidades das crianças de menor idade tais como:

Teresa Alexandre de Mirandela
2 anos

AO PASSEAR PELA RUA EM OBRAS COM BURACOS:

- Ó Mãe, olha a estrada tem as janelas abertas

O sol está a lavar as mãos
despir-se, tomar banho e
foi á praia.

NUM DIA DE CHUVA

Ó Mãe
as nuvens estão a chorar...
porque o sol não lhe abriu
a porta para elas entrarem.

O Sol da noite dorme
porque a lua está acordada
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Cláudia Inês Silva Guerra
2 anos e oito meses
Lisboa

SABORES E CORES

As uvas sabem
a cor do amarelo
e
A cor vermelha
sabe a vinho.


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Vânia
3 anos
Santa Casa da Misericórdia de Azurara - Vila do Conde

A PROPÓSITO DO PAI TER FALECIDO

O meu pai morreu no cemitério,
e a minha Mãe guardou o coração
do meu Pai.

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João Carlos Cassola
3 anos
Vila Nova de Xira

A CAVAR

Mãe, vem ver os homens
a martelar nas ervas.

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Nádia
3 Anos
Feijó

Tenho um beijo grande
guardado na tua boca.

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e agora para finalizar aquela que para mim tem as frases mais espantosas.

Aos 3 anos e 2 meses a 4 anos

Cláudia Inês Silva Guerra
Lisboa

VERDADE E MENTIRA

A Verdade
e
a Mentira
são tudo Mentira.

SEGREDO

Um Segredo
bem guardado
é um espanto!

SE EU FOSSE

Se eu fosse Lua
dormia sozinha

Se fosse Sol
dormia com as luas todas.


Fico por aqui porque esta madrugada parto para a Madeira por 5 dias. Quando voltar publicarei mais algumas pérolas das crianças.

Teresa David

au

terça-feira, abril 14, 2009

foto retirada da net


LE ROUGE


Entre a desistência não desejada


o tinto ressurge,


com o branco a desfazer-se em cinza.


O vidro tinto pelo néctar


a palavra que se diz


ou balbucia


A vida paralela


de quem deseja devorá-la.



Teresa David



LIQUIDO E ROSAS


Nos copos despejados


a cumplicidade cresce.


Enfeito-me de ar e gelo


praticando o frio


no morder do sorvete.


A cumplicidade continua


nas 21 rosas


que me tombam no regaço.



Teresa David





quarta-feira, abril 01, 2009

foto retirada da net
O FUNERAL

Ângelo olhou para o espelho e viu as longas melenas níveas a aflorarem os ombros.

Pensou:- Tenho de ir ao barbeiro!

E se bem pensou logo o fez.

Sentado na cadeira ao som da tesoura e do ligeiro ruído provocado pela queda dos flocos de neve, começou a pensar que a idade já avançava, a vida excessiva era de risco e que detestaria dar trabalho aos outros com a sua morte.

Com a cabeça mais leve, mas determinado, dirigiu-se de imediato a uma Agência Funerária que viu na mesma rua.

Bom dia, pode mostrar-me o catálogo dos vossos serviços fúnebres? - perguntou.

O empregado vestido de preto e com o cabelo repuxado para trás por gel extraforte disse: - É para senhora ou senhor, algum seu familiar?

Não, é para mim! - respondeu o Ângelo.

Embora com um ligeiro esgar de espanto, apresentou-lhe um enorme catálogo onde constavam caixões para todas as bolsas, desde os mais simples de pinho, até aos de madeiras nobres ornamentados com ferros brilhantes.

Após algum tempo de consulta o funcionário abordou-o para lhe dizer que teria de responder a um pequeno questionário:

Qual a sua idade?

Que ocupação tem?

Nesse preciso momento fez-se luz nos seus pensamentos e afirmou, olhando o homem directamente nos olhos: Poeta, e se como penso os poetas são imortais é descabido dar-lhe dinheiro a ganhar pois o mais provável é viver eternamente!

Boa tarde e passe muito bem!

Atônito, sem palavras ficou o vendedor com um braço no ar que paralisou e, o outro, agarrando o enorme cardápio da Morte.

Teresa David


segunda-feira, março 23, 2009

foto retirada na net

O ARMÁRIO DAS PERDAS


Como um armário o corpo deveria ter gavetas.

Nelas guardaria as mágoas fechadas á chave,

no compartimento dos sentimentos

não partilháveis.




Os ferrolhos enferrujariam


na voragem do tempo.





Restaria sempre no corpo


a pequena alfinetada


que ainda se espetaria no peito,


quando alguns rostos aflorassem a memória.




Outubro 2007




Teresa David




segunda-feira, março 09, 2009



NÃO AO FUNDO DO TÚNEL



As nalgas gelam

no mofo da pedra


As bombas atómicas

tornam-me o sangue verde


No delírio dos olhos

fechadamente abertos

A claridade intensa inunda-me


Não do fundo do túnel

mas de dentro de mim
Janeiro 2009


Teresa David-fotos tiradas por mim








quarta-feira, fevereiro 25, 2009




O ROMEU

O Romeu Correia até tinha Julieta e tudo, não como amor de perdição, mas sim, como filha.
O seu afecto conjugal ia para a Almerinda Correia, que tinha sido campeã de atletismo nos seus tempos áureos de jovem de longas pernas e cabelos revoltos.
Almerinda Correia exibindo as suas medalhas
Quando se juntaram – segundo me contou o Romeu – o dinheiro era exíguo, daí quando ele recebeu o primeiro ordenado como cobrador do BNU, cobriu o corpo desnudo da mulher com as notas do ordenado. É verdade que nesses tempos se recebia em dinheiro num envelope, também assim recebi o meu primeiro salário de bancária.
Conheci-a, já no papel de companheira apagada, do seu fogoso marido que era um exímio contador de histórias carnais.
Ironicamente, já que vivo há 30 anos em Almada, foi no Café Império, junto ao elevador de Santa Justa, já destruído, para se tornar mais uma casa de hambúrgueres, que me cruzei com ele, sentado sempre numa mesa ao fundo junto á janela, onde escrevia e falava só com as suas letras.
Nem sei bem como, um dia cumprimentou-me, talvez por já me conhecer de vista, pois era assídua do local e, acabei por diversas vezes me sentar na sua mesa, para ouvir as suas histórias dos tempos que fora lutador de boxe, estas ilustradas por fotos em pose de lutador com as luvas calçadas e tudo!
Equipado para um combate a lutar em brincadeira com a Almerinda

Eu tinha na altura 18 anos e, as reviravoltas da minha vida fizeram com que só o voltasse a ver, quando, já vivia em Almada, volvidos 10 anos.
Facilmente o reencontrei em eventos ligados á cultura e percebi o respeito que a cidade lhe tinha, tanto que tem uma rua, uma escola secundária e um fórum em Almada com o seu nome.
Gostava de tomar café comigo e o meu companheiro e contar-nos aquelas histórias escaldantes que certamente não haveria muita gente a quem poderia relatar, inventadas ou não, dentre as quais destaco a da cigana que tocava castanholas quando atingia o orgasmo!
Anos atrás, mais concretamente em 1996, encontrei-o no centro da cidade de Almada, branco como a cal. Um arrepio percorreu-me o corpo porque lhe vi a morte na cara. Faleceu dois dias depois de ataque cardíaco.
A cidade ficou menos colorida.

Teresa David-fotos retiradas da Net






sábado, fevereiro 07, 2009





URSULA

De pequenina depressa o seu corpo franzino percebeu que a vida não seria fácil.
Seus Pais, fortemente envolvidos na luta contra o regime de Salazar, enviaram-na, por portas travessas, para a União Soviética, onde ficou a estudar e fez o Curso Superior de Canto.

É um rouxinol que o seu padrinho, Álvaro Cunhal, adorava ouvir.

Eu também.

Conheci-a, após o seu regresso em Maio de 74 a Portugal, após muitos anos de União Soviética e algum tempo em Paris, num Restaurante que explorava com o seu companheiro, sito no Pragal de nome “O Forno de Cima”. Aí falava com ela sobre as agruras da maternidade e vida doméstica, porque a Úrsula, conhecida como Luísa Basto, pseudónimo que adoptou, desdobrava-se na limpeza do restaurante, da sua casa, acudir aos 5 filhos, uns dela em comum com o companheiro e um só dele, outro só dela e do José Jorge Letria, aos cozinhados, que praticamente fazia só.

Por volta da meia-noite desaparecia, tirava o avental de cozinha, pintava-se, penteava os fartos cabelos e, reaparecia, geralmente vestida de negro, como borboleta saída dum casulo.
Mal a sua voz se lançava no ar um arrepio na espinha me percorria, bem como a todos que a escutavam. Nunca na vida até hoje, ouvi, uma voz tão límpida e potente como a dela.

Contudo, parece que nunca levou muito a sério o seu talento, porque, salvo os convites muito esporádicos para programas alusivos ao 25 de Abril, ferrete que se lhe colou á pele pelo facto de ter dado voz ao Hino do “Avante”, onde a sua sonoridade é bem notória, alguns CD gravados sem grande divulgação e o LaFéria se ter lembrado dela para fazer de Amália no Musical depois da saída da Alexandra, resume-se á sua vida doméstica.

Tentei amiúde, infrutiferamente, ver mais além da concha onde se fechava, numa cara de tragédia não contada.

Uma das últimas vezes que a vi e trocámos um mero aceno, foi no dia do velório do Álvaro Cunhal, onde estava numa fila gigantesca, incógnita como sempre, apesar de ser quase como uma filha para o falecido, que vinha ao barbeiro ao Pragal e lhe pedia para lhe comprar a roupa, porque além de não ligar nenhuma ao que vestia, não tinha o mínimo jeito para o fazer.

Tenho o seu número de telefone e ela várias vezes me disse para aparecer, no entanto, a sua forma de ser tão fechada fez com que nunca tenha telefonado, malgrado a admiração que por ela tenho.

Por vezes tento saber por onde anda a cantar, mas ninguém sabe, pelo que apenas a apanhei, por mero acaso, há dois anos, após uma ida ao teatro, onde o Mestre Relojoeiro, sobre o qual escrevi algum tempo atrás me disse, que ela estaria a cantar fado numa cooperativa na Cova da Piedade, gratuitamente, naquela noite, na sua militância constante.

Se quiserem ler uma biografia que acho bem feita acerca da sua pessoa, onde, por coincidência tem uma foto exactamente da altur em que a conheci, podem ler aqui:


Teresa David



terça-feira, fevereiro 03, 2009

Já que ontem, dia do meu aniversário, não pude brindar com aqueles que me visitam aqui, fica o meu brinde virtual, com desejos de saúde e felicidade para todos e, já agora, para mim também.
Um Abraço
Teresa David



sábado, janeiro 10, 2009



O MARAJÁ

Na cabeça, o cabelo como cabeleira empoada da corte de Luís XIV. Os olhos, bichos de conta, a olharem-nos sempre com simpatia, mas também, com um brilho arguto. A tez escurecida pela origem goesa.
Falo do Orlando Costa escritor que conheci uns vinte e tal anos atrás na sua meia-idade teria cinquenta anos. Apesar de não ser muito conhecida a sua obra já lera um livro dele chamado Podem chamar-me Eurídice que me lembro ter gostado bastante.
Era devotado á sua cor política, o PCP, apesar de ser originário de família nobre e abastada, daí os amigos com amizade, mas convenhamos, também com algum sarcasmo lhe chamarem O Marajá, indo todas as 4as feiras religiosamente ás reuniões do núcleo de intelectuais a que pertencia. Chegava sempre com aquele sorriso afável que o caracterizava porque aproveitava esse dia para poder escapar ao jugo matrimonial e, ir até ao Ribadouro com os seus correligionários comer e beber. Manter-se-ia fiel ao Partido até á sua morte, poucos anos atrás.
Nos anos 50 esteve 3 vezes preso por apoiar a candidatura de Norton de Matos, mas também por militar a favor da paz.
Nunca fui a uma manifestação do 1º de Maio ou 25 de Abril que não me cruzasse com ele cumprindo o seu ritual partidário.
Não falava muito, porque a sua boca se encontrava ocupada a maior parte do tempo por um cachimbo de boa madeira que mordiscava e aspirava o fumo de quando em volta, mas quando o fazia era sempre para dizer algo que nos calava para o ouvir, ou para apaziguar algum animo mais exaltado.
A sua personalidade transbordava na escrita sempre social mas também onírica, onde o respeito e a admiração pelo feminino eram sempre visíveis.
Gostava de ouvi-lo, do seu sorriso rasgado, da sua afabilidade, nunca o vi em estado de embriaguez nem a fazer desacatos.
Recordá-lo-ei sempre em particular, quando veio ao funeral do meu companheiro e, como era sempre costume de cada vez que nos juntávamos para ir assistir ao enterro de algum amigo nosso, organizou o almoço de despedida em homenagem ao falecido.
Depois disso apenas o vi 2 ou 3 vezes no Rossio em concentrações em defesa do final da Guerra do Iraque.
Ah! E já agora, para quem não saiba, era o pai do ex-ministro e actual presidente da Câmara Municipal de Lisboa, António Costa e do jornalista Ricardo Costa da SIC.

Teresa David-foto retirada da net

quinta-feira, janeiro 01, 2009


O MEU BLOG FAZ HOJE 3 ANOS. AQUI SAUDO TODOS QUE ME TÊM LIDO E ACARINHADO AO LONGO DESTE TEMPO, E JÁ AGORA REITERO OS VOTOS DE UM NOVO ANO O MELHOR POSSIVEL, APESAR DA CRISE.
TERESA DAVID-foto que tirei em Veneza