TÉDIO (poema inédito)
Vórtice de papagaios.
Grunhos de ignorância.
Sons sem sentido.
Ouço com os dentes.
Vejo sem ouvidos.
Na boca o azedo da rejeição.
Ouço com os dentes.
Vejo sem ouvidos.
Na boca o azedo da rejeição.
Bruá de tédio e umbigos.
Ruídos sem tempo
que chegam na alvorada.
Pisco o olho ao negrume
e adormeço no dia.
Teresa David 2009