sábado, novembro 04, 2006

UM DIA CINZENTO
Pela minha janela entra um cinzento invernoso
que me gela os sentidos
A casa ficou pardacenta, com sombras
que se agigantam pelas paredes

O silêncio é meramente quebrado
pelo assobio do vento

Uma ligeira tremura
chocalha o meu corpo quente
acabado de despertar
de um sono convulso
É hora de reagir, sair do torpor,
e tentar colorir o negrume do dia
Teresa David-foto minha tirada pela minha janela

18 comentários:

Marta Vinhais disse...

E eu sei que o vais colorir - o preto aceita todas as cores!
Lindo, Teresa. Bom fim de semana
Beijos e abraços
Marta

Licínia Quitério disse...

Vamos dar umas pinceladas de cor nesse cinzento. Até ele se rir da nossa desfaçatez.

Beijinhos.

Maria Carvalho disse...

Um dia cinzento mas com as tonalidades bonitas das tuas palavras!! Beijos.

Vitor Lopes disse...

Olá
Gostei de passar por aqui....

Titá disse...

Que fotografia genial!

Estou certa que vais dar umas pincelads de cor nessa dia... e fazê-lo brilhar com a tua sensibilidade.
Bjs

bettips disse...

Tens a palavra da poesia e a cor do poema. Cinzento é neutro e tu não!

maresia_mar disse...

Olá
eu bem tentei ir à procura do meu eu pois o negrume dos dias tem-me evadido nos últimos tempos.. o mau tempo não ajudou em nada a eu usufruir da natureza. gostei do teu poema e de aqui vir!
Bjhs e boa semana

Carlos Ramos disse...

Foi gentil o comentário que me deixou.Vim de "visita" e gostei da caminhada.Voltarei
Fraternalmente...

por um fio disse...

Que bonito poema! Do melhor! Sabes que o li e reli, e das duas vezes pareceu-me ouvir a voz daquele teu amigo que diz poesia, a dizer este poema?
Este poema tem força para a voz e para a alma dele. Diz-lhe!

Tozé Franco disse...

Está um dia daqueles que dá vontade de ficar em casa bem enroscado nos cobertores.
Gostei do poema.
Um abraço.

A. Pinto Correia disse...

Concordarás que as sombras têm muita beleza..
Gostei definitivamente da visita..
Beijo

Paúl dos Patudos disse...

... olhando da janela, com um cafézinho " das velhas", fumegante, acabado de fazer que se vai bebendo devagar. Hummm, sabe mesmo bem. Por entre o susurrar do vento e uma pinceladas de aguaçeiro.

Paço a explicar o que é um café "das velhas"

- café feito numa grande cafeteira, na fogueira a lenha e que depois de a água ferver, se junta o pó de café mexendo bem. Depois deixamos pousar bem as bôrras no fundo da cafeteira e bebemos com um pouco de açucar
A minha mãe ainda hoje faz esse cafézinho especial, que nos aquece até á alma.
beijo
Ana Paula

Paúl dos Patudos disse...

correcção de paço por passo
opss, mais uma calinada na ortografia

APC disse...

De repente não me recordo se chegara a comentar neste espaço acolhedor, mas facto é que o lera já com gosto... Lembro-me perfeitamente da "cama desfeita", por exemplo. Agrado-me agora com este despertar-cinza-frio de quem se lhe impõe, captando-o e vencendo-o (cheira-me a lutadora; chamei-te "teimosa" no meu blog!;-), e deliciar-me-ei com o tanto mais que para trás existe escrito e que desde já incluo no itinerário dos meus serenos périplos p'las desoras da noite.
Um abraço! :-)

LUIS MILHANO (Lumife) disse...

Como nem sempre há possibilidades de visitar os amigos coloquei hoje um poema dedicado a todos os que considero como tal e a quem desejo tudo de bom.

Beijos

O Chaparro disse...

chegou o outono mais as suas tristes cores

Era uma vez um Girassol disse...

Se quiseres dou=te um pouco da minha cor amarelo-alaranjada para pintares o teu dia cinzento...
Belo poema!
Beijinho

M. disse...

gostei mesmo muito, Teresa.