RABAT
Apesar de ser a Capital de Marrocos, foi de longe a cidade que achei mais desagradável, salvo um ou outro pormenor que a seguir contarei, por inesperado e diferente de tudo que já vira.
A cidade é fortificada, logo á entrada pareceu-me que seria bela, mas não. O cheiro exalado da zona do suck era pestilento e a miséria visível em cada esquina que cruzava.
A cidade é fortificada, logo á entrada pareceu-me que seria bela, mas não. O cheiro exalado da zona do suck era pestilento e a miséria visível em cada esquina que cruzava.
No entanto, o centro, onde fiquei instalada num hotel que no terraço tinha uma vista panorâmica sobre a Avenida que dominava a cidade, com a Mesquita no topo dela, era aprazível e confortável, com bons restaurantes e esplanadas a contrastar com outras zonas bem cinzentas e sujas.
O Mercado nada tinha de especial, aliás, nada comprei em Marrocos, salvo uma túnica bem fresca para enfrentar o deserto. Nas feiras do Artesanato em Portugal, nos stands marroquinos tudo é mais barato do que in loco, onde tentam esfolar os turistas até ás entranhas. Talvez também tenha ficado mal impressionada com os mercados, não só pelo cheiro e sujidade, mas também porque dei uma queda feia que só por milagre não me deixou partida aos bocados!
Rabat tem praia e reside aí a única particularidade da cidade. Dum lado poder-se-á apanhar sol estendido na areia ou numa esplanada agradável, mas mesmo ao lado, passando uma amurada, deparamo-nos com o cemitério na areia, coisa que nunca pensei existir em parte nenhuma do Mundo! Mas em Marrocos, pelo menos em Rabat, os mortos tal como os namoros de verão ficam enterrados na areia, o que me pareceu, seria pouco respeitoso, espojar-me de bikini sobre o que deles resta.
Daí ter sido uma visita quase relâmpago onde apenas ficámos de um dia para o outro, zarpando rapidamente rumo a Casablanca que era a próxima no novo roteiro marroquino.
Teresa David-fotos minhas
16 comentários:
Olá Teresa
Interessante o teu relato desta viagem a Marrocos.
Apesar de não gostares muito de Rabat, conseguiste boas fotos.
Adorei as muralhas!
Beijinhos
Mais um excelente reportagem marroquina.
Abraço Teresa
BOM DIA, VIAJANTE!
... de onde se conclui que, muitas vezes as capitais estão longe de ser um bom espelho dos respectivos países.
Boa reportagem, mais uma.
Um abraço e bom fim-de-semana.
Jorge Guedes
Apanhas o essencial, bom e mau das viagens. O belo e o grotesco. Por isso gostamos de ti como guia!!!
Incrível a diferença entre o olhar "turistável" das avenidas e o resto... Mas será assim, miséria = a tradição! nas cidades do subdesenvolvimento. Preciosas as fotos, as cores... Um abracinho
SALAAM AL-TERESÁ !
POIS É, QUANTAS VEZES É NAS CAPITAIS OU GRANDES CIDADES QUE A MISÉRIA É MAIS CHOCANTE! BASTA IR À BAIXA DE LISBOA...
NO TEU ROTEIRO POR MARROCOS, RABAT DECERTO NÃO FOI A MELHOR RECORDASÇÃO COMO JÁ COMPREENDI... A PAR DAS BELAS COISAS PARA TURISTA VER, A REALIDADE MAIS DURA DE CADA POVO TAMBÉM LÁ ESTÁ...PARA MAIS NUM PAÍS AFRICANO.
AS FOTOS DÃO UMA BOA IDEIA DA CIDADE, PARA QUEM NÃO CONHECE.
AL-BEIJOCA ALEIKUM :)
Não sou fã de Marrocos e redondezas, não gosto do artesanato deles, acho-os demasiado sujos e pouco educados, pouco polidos.. e claro que lá é tudo mais caro, mas turista acha o máximo dizer que comprou em Rabat ou noutra qualquer vila ou cidade.. não importa se é caro o que aqui á nossa beira se compra a cinco reis de mel coado, como diria a minha avó... BEIJINHOS, AS FOTOS SÃO LINDAS COMO SEMPRE..
Quando for a MArrocos á sei onde hei-de vir buscar o roteiro.
Um abraço.
Olá querida Teresa, belas fotos acompanhadas por lindíssimo texto!
Simplesmente adorei!!!
Beijinhos de carinho e amizade.
Fernandinha
E aqui estou com água na boca, à espera da reportagem de Casablanca.
A bientôt, mon amie (mercredi, ça se confirme?)
Bisous
As fotos e as palavras: excelente!
Depois do teu texto fiquei com pouca vontade de ir a Rabat!! Livra! Beijinhos.
depois de ler as tuas palavras, prefiro ir ao deserto do que a rabat.
entretanto, um convite para si:
"14 Fev - Lisboa - 22:30 - Apresentação de "10 rostos da poesia lusófona..." no After Eight
É dia dos Namorados.
O After Eight e os autores Maria Petronilho , Jorge Vicente e Joaquim Evónio têm a honra de convidar todos os clientes e amigos para a apresentação da Antologia
Ponto de encontro às 22:30 do dia 14 Fev
Esta obra da poesia lusófona foi lançada a 19 Set 2007, na Bienal do Rio de Janeiro e apresentada no Laranjeiro - "Alma Lusa", em 19 Jan 08, contando com a presença do Director de Publicação Fernando Oliveira .
Agora, num lugar de grande tradição cultural da noite lisboeta, é a vez dos três autores que se encontram à data em Portugal colaborarem num serão poético e musical que se espera alegre e agradável.
Os mesmos autores disponibilizarão outras obras da sua autoria numa mesa do canto.
Vamo-nos encontar? Regime de bar-aberto até as 24:00.
Rua Manuel Bernardes n.º 2 (Perto da Praça das Flores)"
Jorge Vicente
vas-y, le résultat est génial
bisous
Olá Teresa!!
Tenho adorado ler sobre a tua viagem a Marrocos :)
Você deve ser uma maravilhosa companhia em viagens!
Beijos
Olá!
Já cansada de maus-cheiros e de camelos?
Estou só a brincar, hein?!
Um abraço.
Jorge G.
Ver Marrocos pelos teus olhos é deveras interessante. Um beijo eterno em carinho Tereza.
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