MULHER-ARANHA
Aranha fui, pessoa me tornei.
As longas pernas deixaram de tecer,
e apenas duas restam para avançar na vida.
Olho com saudade as tessituras que me escondem
de olhares intrusos, quando me aninho no canto.
Miro os móveis que adornei e se espalham por aí.
Fito-as, e fito-me no aspecto humanóide que adquiri.
Já aranha não sou,
resta-me a nostalgia, quando olho a teia,
que teimosamente sempre reaparece
no tecto da sala.
Teresa David-fotos de rendas feitas por mim
24 comentários:
Acho que está magnífico o poema!
Agora, sempre que olhar para uma teia, acho que me esforçarei para ver se estás lá...
E acho que não vou conseguir matar mais nenhuma!
Oha que problema que tu me arranjaste... :(((
boa noite
obrigada pelo o seu comentário lá no Voando
vim ler o seu blog, também é a primeira vez que venho aqui. Não sei tirar fotografias, uso as do meu filho :) As suas são bonitas!
boa noite
Gostei tanto!...
De ver um mail surgir quando já nem sei o que esperava para ir dormir...
De vir aqui e ler o que li e me enterneceu.
Tessiduras com tanto da sua dedicação e empenho; muito da sua arte, que um dia criou a rodos, com garra e ritmo e vida e cor e...
... E não se, quando e porquê cessou a aranha, mas...
Estou a gostar da Mulher!
Um grande abraço.
Ressalva: eu digo "mail" porque os comentários me aparecem lá antes de tudo.
Gostei imenso - será mesmo a vida uma teia de aranha?
Curioso, mas interessante - obrigada pela partilha.
Beijos e abraços
Marta
Bonitas rendas. Na vida estamos mais envolvidos numa teia do que aquilo que às vezes suspeitamos.
Um abraço.
as transmutações smp são possíveis para quem as quer....E enqnt "teceste" deixaste as "teias" espalhagas por onde entra a luz para te protegerem na nova forma e lembrarem k o ir e o vir é smp possível
Bjs e 1 mtº bom dia
Luz e paz
Gostei!! Beijos, bom fim de semana.
Excelente!
Intenso e sensual é assim que classifico este poema.
Amei a renda!
beijinhos
As aranhas, como as mulheres, tecem as suas teias. Às vezes, enredam-se nelas, mas sempre descobrem como desatar o nó.
Muito bonito, Teresa.
Abraço.
Teresa, que habilidosa tu és! Gostei das rendas, gostei das palavras.
As mulheres são como as aranhas: boas tecedeiras e extremamente habilidosas. A prova disso é todo o trabalho realizado realizado por ti , depois de passares de aranha para mulher- aranha.
beijinhos
Ana Paula
Tão frágil, tão bonitos os teus cantos, cantos de casa, cantos de alma, cantos de tantos encantos. Bjinho
(PS: A propósito do Che quem me dera trocar fotografias, como cromos de criança...)
Bela metafora essa usada!..
"Já aranha não sou, resta-me a nostalgia, quando olho a teia,.." gostei especialmente desta frase...nela esta resi«umido todo o conteudo...
Beijosuave___Maresi@
gostei de estar aqui
jocas maradas
Bem, como deves calcular percebo tanto de rendas como da cárie na vaca tibetana, mas isso é um espectáculo!
Parabéns à aranha!
Volto depois pelo mail, sim? Obrigada pelas tuas palavras e fica bem. Abç
Mas que lindo poema, que dom para as rendas!!!!
Eu, que nem sei pegar na agulha de crochet...
Por isso me virei para os pincéis!!!!
Beijinhos
Gostei muito deste pensamento partilhado connosco.
Beijos
Depois destes comentários, pouco fica por dizer.
Bonito conjunto.
Beijos
passei pra desejar boa semana
Teresa, vai ao girassol...
Há festa!!!!
Beijinho
aranha de teia...
abraço!
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ola
Passatempo novo passa e vê , bjos e bom dia.
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