JEANNE HÉBUTERNE
Fiz um suicídio dos sentimentos amorosos dentro de mim
por saber que o Amor é fatal.
Há quem ame a vida até ao limite de cedo esgotá-la em vícios que a superlativam, mas a destroíem.
Há quem ame alguém até ao limite de se matar prenha de 9 meses pela perda do homem amado.
Nada disto faz sentido, e contudo, tem o sentido do ultrapassar das regras religiosas e humanas que nos obrigam a viver além da nossa vontade.
Assim, já que temos de morrer impreterívelmente um dia, porque não pelo derradeiro e inultrapassável Amor fatal?
Fiz, como disse antes, um suicídio dos sentimentos amorosos dentro de mim, porque não quis seguir o exemplo das Jeannes deste Mundo, que respeito e admiro, mas apesar de tudo, prefiro não me demitir de mim.
Teresa David
Teresa David-desenho de Jeanne Hébuterne por Modigliani.
9 comentários:
Sim,irei ver este filme logo que possa!
Fico a aguardar o teu post sobre este tema.
Bj
DEVEMOS ESTAR NA VIDA SUFICIENTEMENTE LÚCIDOS PARA PODERMOS MANTER A FANTASIA
É imperdoável a minha forma de lidar com os comentários nos blogues que gosto, e daqueles que aprendi a gostar recentemente. Mas esta é a minha própria maneira de estar, comento uns, esqueço-me de outros e vou girando sem muitas vezes comentar…
Este retrato está bem fiel à tua força que mostraste ter, fizeste bem em não te demitir de ti, assumes a tua força com as próprias fraquezas. Isso é mesmo viver…
Beijos
http://ababushka.blogs.sapo.pt/
Sim, o mistério do olhar... Uma janela para o interior de cada um.
E tens razão, não devemos demitir-nos de nós mesmos.
Um beijo.
Ainda bem que pensas assim. Não te demitas nunca. Pensa estrelas. Pensa luz.
Abraço.
Licínia
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Bjs.
"Visita-me enquanto não envelheço
toma estas palavras cheias de medo e surpreende-me
com teu rosto de Modigliani suicidado
tenho uma varanda ampla cheia de malvas
e o marulhar das noites povoadas de peixes voadores
vem
ver-me antes que a bruma contamine os alicerces
as pedras nacaradas deste vulcão a lava do desejo
subindo à boca sulfurosa dos espelhos
vem
antes que desperte em mim o grito
de alguma terna Jeanne Hébuterne a paixão
derrama-se quando tua ausência se prende às veias
prontas a esvaziarem-se do rubro ouro
perco-te no sono das marítimas paisagens
estas feridas de barro e quartzo
os olhos escancarados para a infindável água
vem
com teu sabor de açúcar queimado em redor da noite
sonhar perto do coração que não sabe como tocar-te."
(Poema "Uma Paixão" de Al Berto)
que aqui te deixo com um grande abraço ;)
O suicídio ou uma emulação? É melhor não se pedir a demissão de nós mesmos! Sabe-se lá quem nos vem de seguida substituir-nos?
b'dia, bom regresso. Bjs e :)
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