Soprem, soprem, até eu rebentar como um balão!
De mim sairá somente o vazio dos sentidos
O zumbido do ar
Já gente não sou
nem sequer indiferente
guardei o ar do sentir
na cova da face
Nos olhos vazios
por detrás do arrepio
Nos olhos brilhantes,
escondidos por elefantes
de raiva contida
Assumida
Já não vivo
estrebucho apenas,
com as mãos abertas
para apertar o deserto.
Sem nada de concreto
a não ser o desânimo,
e talvez o resquício
da vontade de estrangular
o tempo e o pensamento,
mas apesar de tudo
manter-me como sou!
Teresa David
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