
O ARMÁRIO DAS PERDAS
Como um armário o corpo deveria ter gavetas.
Nelas guardaria as mágoas fechadas á chave,
no compartimento dos sentimentos
não partilháveis.
Os ferrolhos enferrujariam
na voragem do tempo.
Restaria sempre no corpo
a pequena alfinetada
que ainda se espetaria no peito,
quando alguns rostos aflorassem a memória.
Outubro 2007
Teresa David
18 comentários:
já o dise uma vez aqui e volto a dizer: encontraste a tua linguagem poética. inequívocamente.
bjs
luz e paz contigo
P.S - obrigada pela força à Inês
Mas o nosso corpo tem gavetas onde se vão guardando as coisas. Umas boas, outras nem tanto. Muitos beijos.
Que bom seria se assim fosse: fechávamos à chave as gavetas das mágoas e perdíamos a chave para sempre!
Abraço
Amiga, a tua originalidade é soberba.Acho fantástica a ideia de termos gavetinhas para arrumar de vez o que não nos é util. Beijos e tudo de bom para ti. Estás lindissima.
Gena
._____querida Teresa
.é
uma uma realidade
_____que por vezes quando
abrimos "algumas" gavetas de certos armários
_____de imediato levamos umas "alfinetadas"_____ dos "rostos" que se libertam do arquivo da nossa memória________...
_________///
a aguarela é linda:=)
beijO____ternO
bSemana
AS GAVETAS DA MEMÓRIA NUNCA SE FECHARÃO POR COMPLETO, MAS DENTRO DO SEU BRIC-A-BRAC DE VIVÊNCIAS NÃO SE ENCONTRAM SÓ ALFINETES, TAMBÉM ALGUMA PÉTALAS QUE AINDA NOS PODEM ACARICIAR COM UMA RÉSTEA DE PERFUME...
ENFIM, DITO DE OUTRO MODO, NÃO HÁ ROSAS SEM ESPINHOS!
BEIJINHO PRIMAVERIL
acho que tem, Teresa, nem sempre estão é fechadas à chave...
bjs Teresa
Sempre me identifiquei com aqueles contadores indianos, de muitas gavetas e segredos atrás delas. Certo era, como diz a Justine, perder a chave de "muitas"!
As tuas palavras dizem de alfinetadas na memória; e são elas que nos sobressaltam. Um texto sentido, aqui também.
Bjinho
No corpo e na alma temos várias gavetas !!!
Gavetas que fazem parte das nossas recordações, boas ou más, elas fazem de nós as pessoas que somos...
Um grande beijo
Gostei desta armário das memórias - também tenho um onde aferrolho as lembranças dos tempos bons...
Olá, belo trabalho...Soberbo....
Beijos
Todas as gavetas são violáveis. Basta a lembrança de um odor, um pequeno gesto e...voilà, não há ferrolho que resista.
Beijos.
Olá Teresa.
Todos nós temos as nossas gavetas onde vamos guardando muitas coisas.
Às vezes sou um pouco desarrumado, mas lá vou conseguindo sobreviver...
Um abraço.
Um poema bem conseguido!
As alfinetadas suportam-se, guardadas nas gavetas as pedras.
Um abraço e MUITA SAÚDE.
e é sempre a memória que coze
o alfinete das recordações que
nos fazem sentir pequenos poemas
interiores.
um grande beijinho, minha amiga
jorge
Passo e deixo o meu abraço.
Jorge P.G.
O melhor é não abrir as gavetas das mágoas.
Olá Teresa cheguei pelo Blog da Bety num post sobre a Luisa Basto. Tenho uma foto do programa do Paco Bandeira Diver(c)idades onde está a Luisa que pode ter interesse. Quanto a este Blog fiquei encantado. gosto. excelente trabalho.
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