quinta-feira, julho 06, 2006

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REFLECÇÃO POÉTICA, OU NÃO, SOBRE O VALOR DA PALAVRA
É a falar que as pessoas se entendem...ou não!
É com palavras de pedra que nos ferem, sem sangue, os sentimentos
É com palavras de ódio que se excitam os ânimos e as diferenças
O insulto tornou-se uma banalidade, podendo-se ouvir com a maior naturalidade alguém com ar ameno mandar outro para o c... ou f..., como se fosse a coisa mais natural do Mundo.
É chato! Agora para onde mandaremos alguém quando estamos mesmo ofendidos e enraivecidos:
Para as flores?
Para os oceanos?
Para o teatro?
Para o cinema?
E temos as palavras de Amor. Já as esqueci e reneguei. Para quê florear o que o momento nos pode dar no silêncio da atitude?
No brilho dum olhar de desejo é tão mais veemente! Ouve-se sem palavras: Quero-te, quero-te, quero-te
Também existem as palavras mentirosas, que nos podem destruir, e essas, são serpentes que nos picam e deixam veneno que nos paralisa ou mata.
E há o silêncio.
ALIÁS, PALAVRAS LEVA-AS O VENTO!
Teresa David

terça-feira, julho 04, 2006



PRISIONEIRA

Há mais de 20 anos que a vejo a envelhecer, sem que se dê muito por isso, como acontece com toda a gente que vemos todos os dias.

Ela vive na vivenda colada á minha casa, e da minha janela, através do arame farpado, vejo-a estender a roupa, abanar o fogareiro onde assa o peixe, brincar com um garoto que toma conta, falar com as vizinhas.

Ao longo dos anos vi-lhe crescer a filha que se tornou mulher, e que a fez avó.

Mulher esquálida, de voz forte, nunca trabalhou fora de casa, e todo o seu reino se confina ao dentro e fora das portas da sua casa, permanecendo nesse quintal frente a mim, sempre que o clima o permite, ou correndo quintal afora a apanhar a roupa para não se molhar, quando as nuvens tombam em salpicos. Nunca a vi, aquando se senta num banco, ler um livro, não, fica queda a olhar o vazio, talvez a pensar na vida, como se costuma dizer.

Sei que seria incapaz de ter uma vida assim, presa a uma casa, coisa tão claustrofóbica para mim.

Contudo, ela está sempre calma e afável.

Mulher que me relembra os tempos da absoluta e irredutivel submissão ao marido, que pelos vistos ainda não acabaram. Pelo menos aqui, mesmo em frente á minha janela!

Teresa David

domingo, julho 02, 2006



Por muito que me custe admitir descobri que estou completamente em branca de ideias!

Teresa David