domingo, fevereiro 19, 2006

IMAGENS


Sou uma pena branca
num tinteiro negro


Sou o embutido da mobília


o contraste


sou a bandeira do pirata

hasteada na paz


sou a pomba branca
que o corvo trincou


talvez já não seja nada
além do que restou

Teresa David/1996

4 comentários:

Joker disse...

Resta sempre algo de nós, nem que seja o rasto que deixámos em sentimentos que outros nutriram por nós e pedaços de nós que deixámos a outros. Antagonismos todos temos, não fossemos todos diferentes e todos iguais.

Conceição Paulino disse...

dizem k a cultura é o k resta depois de esquecer....
em ti sobrou a força.
bjs e;)

Hata_ mãe - até que a minha morte nos separe Hugo ! disse...

Teresa
Poema lindo, com um misto de tristeza já ultrapassado (1996), se bem que a vida nos oferece, a qualquer hora, momentos assim, sei que a Teresa é uma mulher de muita força...gostava de me encontar consigo,... o tal chazinho, quando lhe der jeito.
maoliveira50@hotmail.com
Um grande abraço

Hata_ mãe - até que a minha morte nos separe Hugo ! disse...

Ja tinha cá estado, mas senti saudades, apesar do nosso mail, porque esta madrugada é triste.
Vim dar-lhe dois beijinhos.