
Ontem dia 16, estava eu na minha vida caseira calma e eficiente, que misturo com alguma escrita, filmes e livros, para não me transformar numa marioneta doméstica, quando o telefone tocou e o amigo Evónio me desafiou para ir ao lançamento dum livro com uma entrevista feita pelo Luís Machado ao Mestre Manoel de Oliveira.
Hesitei, ainda temendo que uma saída nocturna com o frio que se faz sentir viesse minar a minha frágil saúde mas não resisti e fui.
A parte da apresentação foi feita pelo escritor José Manuel Mendes, o autor Luís Machado e um retardatário cujo nome se me varreu da memória mas recordo que estava ligado á cinemateca.







Calaram-se os oradores e estive á conversa com o José Correia Tavares que conheço há muitos anos do tempo em que o meu falecido ainda pertencia ao mundo dos vivos. Recordou-me algumas histórias curiosas vividas em comum com ele.
Quando acabou o lançamento viemos todos para a rua onde tinha sido colocado o beberete. Entre o croquete e água, no meu caso, Martinis e Vinho do Porto no geral, foram chegando os mais colunáveis como o Carlos do Carmo e mulher, o Prof. Veiga Simão o ex-Ministro Laborinho Lúcio e mais alguns, entre eles, finalmente o Manoel de Oliveira também acompanhado da sua mulher, pequenina de estatura mas certamente grande no Ser, para ter sido companheira do Mestre tantos anos da sua vida.
Foi então que se deu o que não esperava. O Manuel de Oliveira olhou para mim baixou-se e deu-me dois valentes chouchos apesar de não me conhecer de lado nenhum. Não tenho imagem desse acontecimento impar para mim, mas ilustro o acontecido com uma foto logo após, onde estou a limpar os óculos que ficaram embaciados pelo calor que me subiu á face, provando que a timidez ainda faz parte do meu existir.
Quando acabou o lançamento viemos todos para a rua onde tinha sido colocado o beberete. Entre o croquete e água, no meu caso, Martinis e Vinho do Porto no geral, foram chegando os mais colunáveis como o Carlos do Carmo e mulher, o Prof. Veiga Simão o ex-Ministro Laborinho Lúcio e mais alguns, entre eles, finalmente o Manoel de Oliveira também acompanhado da sua mulher, pequenina de estatura mas certamente grande no Ser, para ter sido companheira do Mestre tantos anos da sua vida.
Foi então que se deu o que não esperava. O Manuel de Oliveira olhou para mim baixou-se e deu-me dois valentes chouchos apesar de não me conhecer de lado nenhum. Não tenho imagem desse acontecimento impar para mim, mas ilustro o acontecido com uma foto logo após, onde estou a limpar os óculos que ficaram embaciados pelo calor que me subiu á face, provando que a timidez ainda faz parte do meu existir.

Sou a de chapéu no canto direito, Manuel de Oliveira está de costas a falar com a Rosa Mota e também de costas vê-se a sua mulher
Após esta troca de cumprimentos, todos entraram para a “janta” menos nós, um grupinho de quatro que se constituía pelo Evónio, o escritor Vasco Santos e filha e eu, que jantámos mais calmamente na outra parte do Martinho. O Mourato ainda chegou antes de partirmos vindo do lado dos VIP onde abasteceu a barriga. Seguiram os quatro num táxi. Pelo meu lado fui digerindo o óptimo jantar numa caminhada até aos barcos do Cais do Sodré.
Após esta troca de cumprimentos, todos entraram para a “janta” menos nós, um grupinho de quatro que se constituía pelo Evónio, o escritor Vasco Santos e filha e eu, que jantámos mais calmamente na outra parte do Martinho. O Mourato ainda chegou antes de partirmos vindo do lado dos VIP onde abasteceu a barriga. Seguiram os quatro num táxi. Pelo meu lado fui digerindo o óptimo jantar numa caminhada até aos barcos do Cais do Sodré.


TERESA DAVID